Como o sono afeta a memória e a capacidade de recordar informações?

O sono é uma parte essencial da nossa vida, uma fonte de renovação e descanso para o corpo e a mente. No entanto, sua importância vai além do simples repouso físico. Estudos recentes têm revelado uma conexão profunda entre o sono e o processo de aprendizagem, especialmente quando se trata da memória e da capacidade de recordar informações.

Neste artigo, exploraremos as complexas interações entre  eles mergulhando nas descobertas científicas que nos mostram como esses dois aspectos da vida humana estão intrinsecamente ligados. Continue lendo!

Como a memória se forma?

A formação da memória é um processo complexo e fascinante que envolve várias etapas e áreas do cérebro. Geralmente, esse processo pode ser dividido em três principais estágios: aquisição, consolidação e recuperação.

Aquisição de informações

A primeira etapa da formação da memória é a aquisição de informações. Isso ocorre quando somos expostos a estímulos sensoriais, como ver algo, ouvir um som, sentir um cheiro ou experimentar algo de maneira geral. Nesse estágio, as informações são capturadas pelos sentidos e processadas pelo sistema nervoso central, permitindo que se tornem percepções conscientes.

Consolidação das memórias

Após a aquisição das informações, ocorre o estágio da consolidação. Essa fase é essencial para a transformação das memórias de curto prazo em de longo prazo. Durante o sono, especialmente nas fases de sono REM e de ondas lentas, o cérebro realiza uma série de atividades neurofisiológicas que ajudam a fortalecer as conexões sinápticas associadas.

O processo de consolidação também envolve a transferência de informações entre diferentes regiões do cérebro. Memórias declarativas, por exemplo, que são conscientes de fatos e eventos, envolvem principalmente o hipocampo durante sua formação inicial. 

Com o tempo, elas são gradualmente transferidas para outras áreas do cérebro, como o córtex cerebral, onde elas se tornam de longo prazo.

Recuperação de memórias

O estágio final é a recuperação das memórias armazenadas. Quando precisamos acessar informações previamente aprendidas, o cérebro reativa os circuitos neurais associados a essas memórias. Essa ativação neural permite a recordação das informações e as traz de volta à consciência.

É importante destacar que a formação dela não é um processo linear e imutável. A memória é dinâmica e pode ser influenciada por diversos fatores, como emoções, experiências subsequentes e a própria recordação das informações. 

O sono influencia/afeta a memória?

O sono afeta a memória, isso porque durante o sono, especialmente nas fases do REM (Rapid Eye Movement) e de ondas lentas, o cérebro passa por uma série de atividades neurofisiológicas que facilitam a reorganização e a integração de informações adquiridas durante o dia. 

Acredita-se que durante essas fases, os circuitos neurais relevantes para as memórias são reativados, fortalecendo as conexões sinápticas e tornando-as mais resistentes ao esquecimento.

O REM, por exemplo, tem sido associado a processos de aprendizagem emocional e memória declarativa, que envolvem a retenção consciente de fatos e eventos. Já o sono de ondas lentas, também conhecido como profundo, parece ser particularmente importante para a consolidação da memória de habilidades motoras.

Além disso, o sono também contribui para a organização das memórias, separando informações importantes de detalhes menos relevantes e descartáveis. Isso ajuda a evitar a sobrecarga de informações no cérebro e garantir que as memórias mais relevantes sejam mantidas de maneira mais eficaz.

Por outro lado, a privação ou interrupção do sono pode ter efeitos negativos na memória e no aprendizado. Quando não dormimos o suficiente, o processo de consolidação da memória é prejudicado, tornando mais difícil a retenção e a gravação das informações aprendidas.

Você já tinha conhecimento dessas informações? Que tal compartilhar essas informações com outros amigos e colegas? 

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